Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
(Rio, 1942)
Vinicius de Moraes
Vinicius de Moraes
Um Blog, e especialmente esse, é feito para partilhar... e a proposta que fiz a mim mesma, era partilhar para quem quisesse ler todos os sentimentos, contos histórias, gostos de uma moleca que adora "perder o seu tempo" escrevendo, se expressando e pesquisando futilidades essências ( oi) na internet, resumindo ... o propósito é nºao ter propósito algum e no fundo, fugir e interagir com esse novo mundo onde ninguém tem tempo para nada nem para ninguém e que se refugia em teclas de computador....Hoje queria partilhar um poema (uma das minhas paixões) que fala sobre o envelhecimento , do amadurecimento ... e da vida, que no fim , tem um único propósito, dar os meus sinceros Parabéns a você, Diogo Pedrosa!
Amadureçam as ilusões da vida
ResponderExcluirProssiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
(Rio, 1942)
Vinicius de Moraes
Obrigado pelo comentário no blog (juizesdomundo.blospot.com) e por me seguir.
bjoO