sábado, 10 de setembro de 2011

no fundo eu sou um sentimental...

       Nunca esperei que fosses um grande amor,  queria apenas um abraço ao acordar, um bom dia ao canto do ouvido, um pequeno-almoço a dois, um companheiro para dia e noite, um porto seguro... mas o que tive foi ilusão do inicio, ao fim. Digo sim ilusão ... Ilusão que cria, que imagina... que entorpeci e enlouquece. Não me venhas dizer que  é menosprezo, diria que é um fato ,nu e cru. Iludiste-me, iludi-te e vivemos assim , por pouco tempo , iludidamente felizes. 
        Tornamos o que era simples em complexo, e descomplicávamos essa complexidade a cada vez que os olhos conseguiam se cruzar e ver as emoções e não apenas dize-las, a cada  vez que podíamos sentir o calor dos corpos, a cada vez que o abraço, o beijo, o carinho podiam sair dos calabouços de pedra , no qual se enclausuravam de forma inatingível dentro de cada gigante vermelho que temos dentro de nós.      
         Poderíamos ter sido tudo, tudo o que algum dia não soubemos ser, tudo em que somos doutores, tudo o que nem o planeta terra com os seus bilhões de anos conseguiu vivenciar.   Tinhamos tudo para ser o que nunca ninguém foi, tinhamos o aroma certo, o sabor adequado, o som de fundo com o volume perfeito, mas faltou ( ou sobrou) o espaço. O espaço para saborear a dança por toda a noite, ou... por toda a vida (?!)
        Pois é : poderíamos... se isso, se aquilo. Fato é que não foi e não vai ser, por mais que o coração em momento de solidão, de sonhador , iludido cria imagens de um final feliz.
       Faltou a irracionalidade indiscutivelmente inata ao amor em seu estado pleno, ao amor em seu estado lucido que transpõe-se para a alucinação vital dos grandes amores, faltou tanta coisa, mas o incrível e antitésico .. é que teve tudo.
         Não foi, afinal ... nunca seria. Nunca foi o grito louco dos amantes insanos. Sempre ficamos a beira do precipício, sempre ficamos a um passo de ir mais além , por medo de descobrir que no fim do precipício existia a morte, ou ... um lindo lago , onde havia muita vida. Prefiro pensar assim , trapacear e enganar a minha mente e imaginar que a culpa foi do medo, e não da falta... da falta de amor verdadeiro , pois falta de palavras não foi, de certo.
         Faltou sim não amor, mas  a insolencia, a neglegencia e a irracionalidade inerante aos grandes amores, faltou a coragem de arriscar pular do abismo, faltou o passo derradeiro para o infinito.
Agora? Agora só sei que o que me falta é o sorriso, é os fios negros e finosa enrolarem-se em meus dedos como pequenas molas, falta o contraste de peles, o constraste de generos o contraste de vidas.
No fundo, a única coisa que não falta é o amor, de resto há a ausencia de tudo !

3 comentários:

  1. Às vezes há aventura, coragem, irracionalidade mas falta o amor... nesse caso o amor sozinho não se bastou! Muito bom post!
    Beijinho!

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  2. Adorei o post,maravilhoso! Boa sorte no blog (:
    beijinhos, http://conversationsofgirls.blogspot.com/

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  3. poxa!!! onde você se esconde? tenho tomar um café, muito lirico isso... abraços o/

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